Grande guerra
O assassinato do arquiduque austríaco
Francisco Ferdinando pelas mãos de um militante separatista sérvio no dia 28 de
junho de 1914 foi o ponto zero do conflito que começaria um mês depois,
arrastando para dentro de si dezenas de nações. Até o Brasil.
A “Grande Guerra” foi de 28 de julho de
1914 até 11 de novembro de 1918 e matou mais de 9 milhões de militares (somando
os 4 milhões “desaparecidos”).
Na próxima segunda-feira, faz cem anos
que o Império Austro-Húngaro decidiu invadir a Sérvia, abrindo a Primeira
Guerra Mundial. O embate tirou de cena a Inglaterra – até então desempenhando o
papel de superpotência global –, e colocou no lugar dela os Estados Unidos.
O infográfico a seguir narra alguns dos
principais eventos da guerra, com proezas militares e um Natal inusitado.
O Brasil na Primeira Guerra Mundial
A participação brasileira na Grande
Guerra não foi muito expressiva. O país decidiu declarar guerra à Alemanha e à
Tríplice Aliança em resposta ao torpedeamento de navios da Marinha Mercante do
Brasil. O primeiro a ser afundado, em 1917, foi o vapor Paraná que navegava na
região do Canal da Mancha. Posteriormente, outras embarcações foram atacadas: o
navio Tijuca, o vapor Lapa e o encouraçado Macau. Como indenização de guerra, o
governo brasileiro confiscou 42 navios alemães que estavam em portos nacionais.
A população indignada com os ataques
alemães pressionava para que o Brasil entrasse na guerra. Em 26 de outubro de
1917, Venceslau Brás, então presidente da república, declarou oficialmente
guerra contra a Alemanha. Para auxiliar os Aliados, nosso país enviou alguns
cruzadores ligeiros e contratorpedeiros para proteger parte do Atlântico –
infelizmente parte da tripulação foi vitimada pela gripe espanhola – e dez
aviadores para auxiliar o Corpo de Aviação Naval da Grã-Bretanha.
Ainda foram destacados sargentos e
oficiais para se juntarem ao exército francês e uma missão médica composta por
cirurgiões para atuar em hospitais de campanha. O brasileiro José Pessoa
Cavalcanti de Albuquerque recebeu condecorações de franceses e belgas por
bravura a frente de seus pelotões. Quando voltou para o Brasil, participou da
organização da primeira unidade de tanques devido à experiência adquirida em
carros de combate.
Ao final da guerra, em 1919, o Brasil
participou da Conferência de Versalhes com uma comitiva chefiada pelo futuro
presidente Epitácio Pessoa. Posteriormente, também esteve presente nas conferências que instituíram a Liga das Nações, precursora da ONU.

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